Uniao de Sindicatos

Intervenação Sara Brito

Aqui nos encontramos reunidos, hoje, em frente ao Ministério do Trabalho, em protesto. Na luta contra a Precariedade! A precariedade que marca a vida de mais e mais trabalhadoras e trabalhadores! Na luta contra os ataques aos direitos!

É necessário lutar! Defender as funções sociais do Estado! São necessárias e urgentes políticas para a Cultura!

No sector público, a falta de trabalhadores é dramática. A ausência de recrutamento leva ao avultado envelhecimento dos trabalhadores e à ruptura dos serviços. A inexistência de concursos de admissão tem consequências dramáticas. Para além do envelhecimento progressivo dos trabalhadores e da impossibilidade de transmissão do conhecimento das funções desempenhadas, esta limitação imposta tem consequências para os profissionais que se mantêm no activo, verificando-se uma acumulação de funções sobre os mesmos, que, para cumprir a missão de defesa e protecção do Património Arqueológico trabalham, tantas e tantas vezes, horas a mais sem receber qualquer pagamento por isso. A este preocupante quadro acrescentam-se ainda as baixas remunerações e vulgarização de vínculos laborais precários, bem como uma inerente desvalorização das carreiras. O ataque aos trabalhadores é um ataque à Constituição! É um ataque ao direito à fruição cultural! É um ataque à Cultura!

No sector privado o cenário é marcado pelos baixos salários e pela precariedade! Marcado pelo recurso aos falsos recibos verdes. A um posto de trabalho permanente tem que corresponder um trabalhador com vínculo efectivo. Temos que combater os falsos recibos verdes! Lutar pelo direito de Contratação Colectiva! Camaradas, não poderei aqui falar sobre a precariedade sem falar das questões de Assédio. A precariedade traz insegurança laboral. A precariedade proporciona mecanismos de chantagem por parte do patronato sobre os trabalhadores. As trabalhadoras e trabalhadores ficam mais sujeitos a situações de intimidação e repressão. Mais susceptíveis a situações que se enquadram no conceito de Assédio, quer moral, quer sexual. O STARQ tem vindo a ter conhecimento de situações de assédio que foram propiciadas pelas condições precárias em que se encontram astrabalhadoras e trabalhadores. Estas situações não só são propiciadas pela  precariedade, como são agravadas pela mesma. Não iremos esmorecer! A luta tem trazido conquistas! O STARQ tem lutado! Tem dado apoio jurídico aos trabalhadores precários. Lutas das quais, esses trabalhadores têm saído sempre vitoriosos! O combate à precariedade passa pela presença dos Sindicatos nos locais de trabalho, pela resistência e luta dos trabalhadores face aos ataques aos seus direitos. A situação não é fácil, mas sem a luta com certeza seria muito pior!

Viva a União de Sindicatos de Lisboa! Viva a CGTP!