No dia 23 de Novembro o STARQ foi convidado a estar presente no XII Congresso da União de Sindicatos de Lisboa.

Pela voz do seu presidente, Regis Barbosa, foram apresentados os problemas dos trabalhadores de arqueologia. Agora o seu discurso pode ser ouvido e lido por todos.

“Camaradas,

É com muita satisfação que o STARQ (Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia) está presente, hoje, no XII Congresso da União de Sindicatos de Lisboa.

A Cultura, como sabemos, é um dos elementos basilares da nossa democracia. Neste sentido, sem cultura não há democracia, não há igualdade. O Património Arqueológico não só proporciona fruição a quem visita, como é um dos primeiros constituintes da nossa identidade. A protecção, conservação e o conhecimento do património arqueológico possibilita perceber o nosso Passado e quem somos hoje.

Apesar de toda esta importância, a Arqueologia é marcada pela precariedade e pela falta de investimento público.

No sector privado, os trabalhadores de arqueologia vivem num terrível panorama onde os baixos salários se somam à precariedade. A ausência de contratos de trabalho através da utilização dos falsos recibos verdes é muito comum e tem que ser combatida!

Por outro lado, no sector público, a falta de trabalhadores é dramática. A ausência de recrutamento leva ao avultado envelhecimento dos trabalhadores e à ruptura dos serviços. Neste momento o Estado não cumpre a sua missão de defesa e protecção do Património Arqueológico e o que atinge é à custa dos trabalhadores que frequentemente trabalham horas a mais sem receber qualquer pagamento por isso.

Contra isto continuaremos a luta! O STARQ tem organizado os trabalhadores no sentido de defender os nossos direitos. No último ano conseguimos eleger delegados sindicais, temos conseguido defender os trabalhadores precários através do apoio jurídico que proporcionamos. No ano passado, o STARQ e os trabalhadores de Arqueologia fizeram a primeira Greve específica de trabalhadores de Arqueologia!

A situação não é fácil, mas sem a luta com certeza seria muito pior!

Deixo ainda um agradecimento ao STEFFAS, que solidariamente cedeu espaço para termos a nossa sede. Também agradecemos à CGTP-IN que tem dado todo o apoio ao nosso sindicato.

Viva o XII Congresso da União de Sindicatos de Lisboa!

Viva a CGTP-IN!

A luta continua!”